Language

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Gestão do Tempo

Sabia que vive em média 659.184 horas e que passa 9.100 dias a dormir? O tempo, outra vez o tempo; vivemos, dormimos e trabalhamos em função do tempo.

Enquanto escrevia estas linhas, lembrei-me de uma história que aconteceu ao meu amigo Manuel. O Manuel andava a colocar umas prateleiras, e quando estava quase tudo pronto faltou-lhe uns parafusos, apressado foi à loja de ferragens da vila. O lojista sem ter mais ninguém na loja continuava a não atendê-lo e o meu amigo Manuel, já irritado, disse-lhe num tom de voz mais alterado que estava com pressa, ao que o lojista respondeu: «oh Manuel, quem corre contra o tempo não têm tempo de ganhar dinheiro».

Lembrei-me deste episódio, pois o que o lojista disse ao meu amigo Manuel é que o tempo não se controla, não vale a pena tentar, um minuto tem e terá 60 segundos, uma hora tem e terá 60 minutos. Podemos é extrair o máximo de valor dos 60 minutos que uma hora nos coloca à disposição. Nunca controlaremos o tempo, podemos é controlar as nossas actividades e se as gerirmos melhor maximizamos o nosso tempo, para isso é necessário eliminar as actividades não criticas para ganhar espaço para as de maior prioridade.
Nunca poderemos fazer tudo, então que façamos nas nossas organizações aquilo que nos traz rentabilidade, aquilo que é importante, mas não se esqueça que o que é urgente pode não ser necessariamente importante e nestes casos pode delegar (com responsabilidade). Certamente já reparou que se tiver um bilhete para um evento, o seu dia de trabalho corre em função disso; consegue fazer tudo e sair a tempo desse concerto que tanto ambicionava. Organize o seu dia de trabalho como se todos os dias tivesse um bilhete. Carpe Diem e extraia 70 minutos de valor à sua hora.

Por: José Rodrigues (Vice-Presidente da Crestcom Portugal)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O que é Neuroeconomia?

Nas últimas duas décadas, e após quase um século de separação, a Economia começou a importar ideias da Psicologia (Camerer et al. 2005). O estudo sistemático dos fundamentos biológicos dos comportamentos e processos activados nas escolhas individuais contribui para a definição de um novo âmbito de investigação transdisciplinar, a Neuroeconomia. Esta consubstancia uma base de convergência de estudos de Neurociências, Economia e Psicologia (Harford 2003; Maldonato 2007).

Para Camerer et al. (2004), devido aos recentes avanços na neurociência, os sentimentos e pensamentos podem ser directamente medidos. A possibilidade de registar e fotografar os processos cerebrais, enquanto as pessoas pensam e escolhem, avaliam quantitativamente os seus pensamentos e emoções. Este desenvolvimento proporciona uma melhor compreensão através da análise quantitativa de factores psicológicos considerados, até pouco tempo atrás, como não mensuráveis, tais como, a heterogeneidade das preferências e dos critérios de escolha, a interferência das emoções nos processos de tomada de decisão e a sua aparente coerência, etc. Esta nova área de investigação, denominada por Neuroeconomia, visa revelar mais sobre o funcionamento neurológico e implicações associadas com o desenvolvimento económico e o comportamento do consumidor.

Nesta mesma óptica, McCabe (2008) e Camerer (2008) definem a Neuroeconomia como o estudo de como o cérebro interage com o ambiente externo para gerar comportamento. A investigação neste campo proporciona aos cientistas sociais uma melhor compreensão do processo de tomada de decisão dos indivíduos para melhor prever o comportamento económico.

Como já referido num post anterior, o Neuromarketing tem sido objecto de estudo desde os anos 90. Inserido na área Neuroeconómica, estes estudos suprem os tradicionais questionários padronizados, as entrevistas individuais e as discussões dirigidas num grupo de potenciais compradores, para dar lugar a fios conectados à energia elétrica e uma memória computadorizada. As pilhas de papel dão lugar a uma máquina capaz de constatar os mecanismos que conectam estímulos e respostas e tornar visível lembranças, associações ou emoções que as pessoas testadas não conhecem ou não admitiriam abertamente.

Empresas como a General Motors, Ford, Daimler Chrysler, Coca-Cola, Kodak, Levi-Strauss e a Delta Airlines têm feito altos investimentos nestes estudos. Estas companhias decicidiram financiar as pesquisas para usar o Neuromarketing num futuro próximo como forma de assessorar as pesquisas de mercado tradicionais.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Quanto vale uma Marca?

Keller (1998) refere que uma marca é uma componente, apesar de intangível, crucial para as empresas. Os clientes não têm, habitualmente, um relacionamento com o produto ou serviço, mas sim com a marca destes. A marca, de certa forma, é um conjunto de promessas que implica existência de confiança, consistência, bem como um conjunto definido de expectativas.

Na perspectiva de Nilson (1998), a marca é apenas um símbolo, mas um símbolo com enorme potencial. Branding corresponde a todo o processo de construção da marca, comunicação da confiança e reputação dos itens e/ou serviços.

Segundo Lindon et al. (2000:223) «notoriedade mede a lembrança espontânea ou assistida de uma marca. Supõe que o consumidor é capaz de ligar o nome da marca a um produto ou a um domínio maior de actividades da marca».

Na visão de Weilbacher (1994) a marca é a pedra angular do marketing, porque é esta que faz com que os clientes identifiquem e associem um produto ou serviço. O nome da marca garante que as características e especificações da marca permanecerão imutáveis, compra após compra. Deste modo, a marca proporciona os meios para fornecer aos clientes o valor intrínseco e ou a ilusão desse valor

Segundo um estudo da Publivaga, a TMN, Meo e Vodafone foram as marcas mais reconhecidas espontaneamente pelos portugueses em 2008. À questão “Que anúncios recorda ter visto publicitados recentemente?” a marca (i) TMN foi respondida por 5,3% dos portugueses inquiridos, seguida da marca (ii) Meo do mesmo grupo com 3,4% e a (iii) Vodafone com 3,3%. Depois das marcas do pódio português, seguem-se a Optimus, Continente, a gigante Coca-Cola, marcas de carros em geral, marcas de telemóveis em geral, a PT e o BES.

A nível internacional, a consultora britânica Interbrand revela o ranking das 100 marcas mais valiosas do Mundo de 2008 (Best Global Brands 2008). A (i) Coca-Cola, a segunda palavra mais entendida em todo o mundo, apresenta-se como a primeira do ranking com 66,667 milhões de dólares de valor de marca, Seguida da (ii) IBM com 59,031 milhões de dólares e da (iii) Microsoft com 59,007 milhões de dólares. Depois do pódio Mundial, bem diferente do português, seguem-se marcas como a GE, Nokia, Toyota, Intel, McDonalds, Disney e Google.

Fonte: Interbrand

Se quiser consultar o ranking completo das 100 marcas mais valiosas do mundo, visite este link: http://www.interbrand.com/best_global_brands.aspx?langid=1000