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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Gripe A (H1N1): Ameaça ou Oportunidade?!?

A Gripe A (H1N1), também conhecida como Gripe Suína (Swine Flu), é uma doença respiratória que provoca sintomas similares aos de uma gripe comum como febre, dores de cabeça, tosse, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal. Este vírus, com origem nos porcos, sofreu mutações e actualmente é transmitido entre humanos. Foi registado pela primeira vez no México, e tem-se espalhado rapidamente por todo o mundo. Se já nos encontrávamos perante uma crise global, esta pandemia vem prejudicar ainda mais esse cenário, originando o pânico geral.

De acordo com o estudo da consultora Deloitte, a maioria das empresas em Portugal não está preparada para enfrentar o elevado absentismo devido à gripe A. Esta empresa de consultoria estima que, no auge da pandemia, a taxa de absentismo de trabalhadores atingidos pelo vírus H1N1 pode chegar a 35%.

Esta epidemia tem tido um impacto negativo em vários sectores, prejudicando assim a economia mundial. Tem influenciado especialmente: (i) o turismo tanto de lazer, onde o receio do contágio influencia significativamente o destino de férias, como o de negócios, onde várias empresas multinacionais adoptam mais sistemas de teleconferência para manter o desenvolvimento dos seus negócios à distância; e (ii) espaços fechados, onde a diminuição da afluência é considerável, como bares, restaurantes, cinemas, teatros e discotecas.

Contudo, recordando a célebre frase de Einstein “no meio de toda a dificuldade encontra-se a oportunidade”, enquanto uns padecem, outros conseguem vender e lucrar mais. A indústria farmacêutica destaque-se devido ao desespero das pessoas, atingindo frequentemente ruptura de stocks. No momento em que a imprensa ajuda a educar a população a consumir mais produtos de higiene e desinfectantes, muitas empresas aproveitam para ampliar as suas gamas e linhas. Variadíssimas são as qualidades e formatos das máscaras e detergentes/ desinfectantes no mercado. Empreendedores nos EUA declararam à revista BussinessWeek que pensaram simplesmente em satisfazer as necessidades actuais das pessoas. Independentemente dos produtos e/ ou serviços anteriormente comercializados por estes empreendedores, muitos dedicam-se agora na distribuição/ venda de medicamentos e outros produtos aos consumidores, sem prescrição médica. As farmácias on-line propagam-se, tal como a circulação de informação/ publicidade acerca dos cuidados a ter (websites com videos, divulgação no youtube) persuadindo a compra de máscaras cirúrgicas, luvas de latex, desinfectantes para as mãos, etc. Os simples toalhetes perfumados oferecidos nos aviões e restaurantes marisqueiras, transformaram-se num grande negócio! O preço do álcool disparou, e consequentemente também os preços dos mais comuns produtos de higiene.

No entanto, os médicos afirmam que não existe razão para tanto alarme, e que esta gripe trata-se como uma gripe convencional, com “cautelas e caldos de galinha”, antipiréticos e repouso, só sendo necessário recorrer ao Tamiflu caso se justifique pela gravidade dos sintomas.

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